A Feira Petnor criou um modelo que a diferencia de outras iniciativas semelhantes no País, tendo se transformado no maior evento voltado para o mercado pet e veterinário das regiões Norte e Nordeste. Este ano, em sua sétima edição, de 3 a 5 de novembro, reuniu no Pernambuco Centro de Convenções um total de 135 expositores e cerca de 600 marcas, tendo recebido 18 mil visitantes. A feira também contou com eventos paralelos: o congresso científico, o 6º Congresso Norte e Nordeste de Especialidades Veterinárias de Pequenos Animais (CONEVEPA), que reuniu 1.350 congressistas, e o campeonato de tosa com 60 participantes, o Petnor Groomer Show.
Para 2025, promete repetir o sucesso entre os dias 16 a 18 de novembro, no mesmo local, juntando o ambiente de negócios, o empreendedorismo e a atualização do conhecimento científico, fortalecendo o setor ao colocar juntos, no mesmo espaço, durante três dias de programação, empresários, donos de clínicas, petshops, hospitais veterinários e toda uma cadeia de profissionais das áreas de veterinária, zootecnia e saúde.
Paulo André Moura, diretor da Petnor e da AgênciaPE, faz um balanço bastante positivo desta edição do evento, que mais que dobrou a projeção de movimentação econômica em relação ao ano anterior, passando dos R$ 25 milhões para R$ 60 milhões. “Entregamos o que a gente promete. E tivemos um resultado superior ao do ano passado, pois nos preocupamos não apenas com a base comercial, de negócios, mas com a parte de conhecimento também”, aponta Paulo André.
Reunindo as principais autoridades da medicina veterinária e zootecnia do Brasil, a Petnor, através do CONEVEPA, recebeu nomes importantes, como Ana Elisa Almeida, primeira mulher a ocupar a presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em 55 anos de instituição. “Não tinha noção da pujança e da magnitude da feira, do número de empresas presentes nela, trazendo o que há de ponta para o desenvolvimento profissional, para a troca de informações, com conhecimentos repassados de forma muito proveitosa”, opinou Ana Elisa.
A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco (CRMV-PE), Elisa de Araújo, lembra, com orgulho, que a primeira faculdade do setor no Brasil nasceu em Pernambuco, no Mosteiro de São Bento, em Olinda, há 112 anos. “No Brasil, são 535 faculdades, aproximadamente. Mas, em Pernambuco, nós temos hoje 12 faculdades de medicina veterinária e quatro de zootecnia. Nós somos o país que tem a maior quantidade de faculdades no mundo. Isso torna o mercado muito competitivo. O conselho está aqui para orientar também como é que a pessoa vai se comportar diante dessa realidade”, comenta ela.
ESTANDES - Entre as empresas presentes na Petnor, estavam desde aquelas com origem pernambucana, até outras de porte regional e nacional. Um exemplo que vem do nosso Sertão é a Cedan Pet Food, de Serra Talhada, fundada há 28 anos, e que deve dobrar sua capacidade produtiva em meados de 2025, ao inaugurar uma nova planta fabril em Varjota, no Ceará.
A Cedan produz rações para cães, gatos e alimentos para pássaros, tendo inaugurado sua unidade pet há quatro anos. Outra empresa pernambucana na Petnor, dedicada a alimentos para pássaros, é a Melodia Pet, do Passarinho, no Recife, que lançou na feira um novo mix de sementes, contendo a alga spirulina em sua formulação. A fábrica, de origem familiar, pertence ao grupo da distribuidora NN Pessoa, pioneira em comercializar a marca Royal Canin na América Latina, e que hoje atua com mais de 20 marcas.
Também atuando no formato de multimarcas, a LL Takaki, distribuidora de acessórios, petiscos e suplementos para animais de estimação e petshops, trabalha como representante de 15 empresas, e abriu uma unidade em Olinda, há um ano e dois meses.
A Petnor também congregou grandes empresas do segmento, como a Fórmula Natural e a FVO, que atuam com rações, petiscos, suplementos alimentares e produtos de higiene para cães e gatos. “O movimento foi fantástico. É importante tanto para a fixação da marca junto aos consumidores, quanto para fechar novas negociações, permitindo o contato com clientes que vão dos petshops menores àqueles que compram de caminhão”, comparou Waldelúcia de Araújo, gerente técnica e comercial da FVO, que existe há 57 anos, tendo nascido no Distrito Federal, e com cinco fábricas, sendo uma em Goiana-PE, instalada há oito anos, e ainda nove centros de distribuição.
LADO SOCIAL - De acordo com Paulo André Moura, uma das preocupações da Petnor foi a de abrir espaço para as ONGs, casas de passagem e associações que atuam com adoção, castração e vacinação de animais de rua. Uma área ficou reservada a 27 destas instituições, incluindo projetos como Prefiro Bicho, Casa de Vó e Eu Amo Animais.
Os pets que foram visitar a Feira Petnor com seus tutores, no último dia da feira, receberam uma bênção especial do padre João Paulo Araújo, da Capela de São Sebastião, de Caruaru.
O religioso lembrou as palavras de São Francisco de Assis, protetor dos animais, mostrando que a nossa relação com os outros deve ser de fraternidade. Para ele, falar da presença de Deus e dos animais não é uma oposição, é sim uma necessidade. “Isso hoje é necessário. Em um mundo que não tem coração, é preciso estar em contato com essa espiritualidade que os animais podem trazer, sempre para torná-lo melhor”, ressaltou o padre João Paulo.
FEIRA - O evento é uma realização da AgênciaPE, com apoio da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de Pernambuco (Anclivepa-PE), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PE), e da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). Também apoiam a Petnor a Escola de Negócios Degrau, o Pernambuco Centro de Convenções e o Sebrae-PE.
Estiveram presentes à Petnor, ainda, representantes do Sindicato dos Médicos Veterinários de Pernambuco (Simevepe), da SPEMVE (Sociedade Pernambucana de Medicina Veterinária) e da IMVET (Instituto de Medicina Veterinária). Também percorreram os corredores da feira caravanas vindas de outros estados brasileiros, como Ceará, Alagoas e Bahia.
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