Mulheres do Turismo e do agronegócio
A Rota do Turismo traz para você um programa para unir as Mulheres do Turismo e do Agronegócio e que elas possam contar suas histórias, trajetórias e apresentar seus principais desafios, conquistas e o que esperam do futuro. Juntas, somos mais fortes!
A Rota do Turismo traz para você um programa especial das mulheres do Agro e do Turismo regional brasileiro.
Que o turismo regional brasileiro é uma potência todos sabem, mas ainda tem muitos desafios a serem enfrentados, principalmente, quando o assunto é empoderamento feminino.
Por outro lado, estamos falando em sucessão familiar.
Até pouco tempo, quando falávamos em negócios ou agronegócio, era um terreno 100% masculino, em que as mulheres, em raríssimos casos, ousavam enfrentar e estar na liderança.
Claro que, na maioria das vezes, vestiam uma couraça para superar os desafios e quase sempre, entravam nas reuniões mudas e saiam caladas.
Muitas já sofreram assédio moral, psicológico, político, entre outros, mesmo assim, não desistiram.
Atuando no setor sucroenergético, hoje denomino minha capacidade de resiliência com a vida da cana-de-açúcar na sua transformação. “Ao ser plantada, germina e vira uma linda cana, mas vai enfrentar seu destino ao ser transformada em produtos (açúcar, álcool combustível, melaço (caldo concentrado da cana que, juntamente com as espumas e depois o caldo de cana, são utilizados na fabricação de cachaça) e o biodiesel (o xarope da cana passa pela fermentação e chega-se a um hidrocarboneto chamado farmaceno. Conforme a finalização química a que o hidrocarboneto é submetido, é possível produzir o diesel, querosene para aviões e até cosméticos) ou subprodutos da cana de açúcar, que ao ser esmagada ao extremo, vira bagaço.
Nessa fase, muita gente acha que é o ponto final da cana, mas, ela ainda produz:
• Palha, que espalham no solo para a preservar a umidade e cuidar da do fortalecimento das próximas mudas,
• Torta de filtro, formada pelo lodo advindo da clarificação do caldo e bagacilho, é muito rica em fósforo e é utilizada como adubo na lavoura da cana-de-açúcar.
• Vinhaça, um subproduto da produção de álcool, contém elevados teores de potássio, água e outros nutrientes, sendo utilizada para irrigar e fertilizar o campo. Também pode ser utilizada como biomassa para produção de biogás (composto de metano e gás carbônico).
• Óleo fúsel - matéria-prima para o processo de refinação; e,
• Bagaço - resíduo fibroso resultante das moendas.
Claro que não para por aí. Ainda existem muitos estudos sobre a cana-de-açúcar.
Mas o assunto é o bagaço da cana-de-açúcar, que junto com a torta de filtro, auxiliam na produção de energia elétrica, e além disso, o bagaço ainda pode ser transformado num produto desejado pelos turistas, os artesanatos sustentáveis.
E sabe por que comparo minha vida com o bagaço da cana?
Por que já passei dos 15 anos a um tempinho, mesmo que tenha obtido experiência e resiliência pelo caminho, percebo que quanto mais a vida ou alguns tentam me espremer, continuo transformando os desafios em energia para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.
E, pensando na minha trajetória e resiliência no mercado de trabalho, resolvi abrir um espaço na Rota do Turismo para um programa onde as Mulheres do Turismo e do Agronegócio possam contar suas histórias, trajetórias e apresentar seus principais desafios, conquistas e o que esperam do futuro.
E as meninas, que chegam agora através da sucessão familiar, o que traz na bagagem nestes anos de aprendizado com seus pais ou parentes?
Fia Business School
De acordo com dados divulgados pela FIA, O país ainda tem muitos passos pela frente para superar a disparidade de gênero.
Um dos dados mais alarmantes nesse contexto foi apresentado na pesquisa “Sem atalhos: transformando o discurso em ações efetivas para promover a liderança feminina”, fruto de parceria entre consultoria Bain & Company e o LinkedIn.
Divulgado em 2019, o levantamento evidenciou que só 3% das cadeiras mais altas nas empresas do Brasil são ocupadas por mulheres.
Analisando todos os cargos gerenciais, pesquisa do IBGE revelou que elas estavam presentes em apenas 38% deles em 2018.
Apesar de 82% das mulheres e 66% dos homens considerarem que a igualdade de gênero deve ser uma das prioridades das organizações, somente 41% delas e 38% deles relatam que as companhias onde trabalham tratam o assunto com essa ênfase.
Já um levantamento da Catho, publicado em outubro de 2020, constatou que mulheres em posições de liderança ganham 23% menos que os homens, em média.
Elas também têm salário menor em outros cargos, por exemplo:
- Coordenador (-15%)
- Especialista graduado (-35%)
- Analista (-34%)
- Especialista técnico (-19%)
- Especialista operacional (-13%).
A Rota do Turismo tem dado destaque as mulheres em liderança, confira algumas das nossas entrevistadas, até o momento. São elas:
Abav e o Maranhão
Paraíba sim senhor -
Minas Gerais e suas regiões turísticas -
Transformar lona em arte
Conexão Baré -
Acessibilidade e inclusão -
Turismólogo x guia de turismo.
Claro que a Rota do Turismo também tem espaço para as histórias dos homens no turismo e no agronegócio e como eles veem essa sucessão.
Netweaver ou Networking para o turismo -
Não tenho idade, tenho vida!
Vale a pena conferir e compartilhar, o que achou? E, quem gostaria de ver em nosso canal de comunicação?
Qual é a sua reação?