ACSP faz balanço das ações de 2024
Prefeituráveis, governadores, ministros, chefes de Estado e uma série de especialistas passaram pelos dez Conselhos setoriais ao longo do ano para debater temas como a reforma tributária, inteligência artificial, crédito para pequenos negócios e outros assuntos relevantes para o meio empresarial Karina Lignelli.
Foram 6.627 participantes presenciais e virtuais, 532 integrantes de conselhos, 87 reuniões, seminários, visitas técnicas, debates e atos solenes com empresários, políticos, ex-chefes de Estado, candidatos à Prefeitura de São Paulo, economistas, especialistas técnicos em diversas áreas e representantes da sociedade civil.
O ano de 2024 encerra com um balanço positivo das atividades da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), diz Arnédio Oliveira, superintendente de apoio institucional da entidade. Segundo ele, o destaque das ações da associação foram as iniciativas para auxiliar os pequenos e médios empresários, associados ou não, em suas tomadas de decisões.
Com seus dez Conselhos setoriais (Varejo, Inovação, Político, Finanças e Tributação, Segurança Cibernética, Política Urbana, Serviços, Civismo e Cidadania, Agronegócio e dos Jovens Empreendedores), a ACSP buscou contribuir com as demandas de uma fatia representativa da sociedade.
No Conselho do Agronegócio, por exemplo, houve a visita do ministro da Agricultura Carlos Fávaro, que debateu a isenção de impostos para a carne, atividades de exportação de grãos, linhas de crédito para produtores, seguro rural, reforma tributária e o uso de inteligência artificial no campo.
Em Política Urbana, foram discutidas as intervenções da Prefeitura na cidade, a questão da nova Lei de Zoneamento e os retrofits em prédios históricos do Centro da capital, entre outros temas.
Maria Eulina Hilsenbeck, do Clube de Mães do Brasil, falou sobre empreendedorismo social e como esse trabalho ajuda a tirar pessoas em situação de vulnerabilidade social das ruas por meio da capacitação. Já o professor Silvio Meira, cientista-chefe da TDA Company, palestrou sobre a inteligência artificial como diferencial competitivo e sustentável.
A ACSP também recebeu o ex-presidente da Espanha José María Aznar para discutir as consequências econômicas e sociais da polarização política global, levando em consideração os conflitos entre países como Ucrânia-Rússia e Israel e o grupo palestino Hamas.
A reforma tributária foi um dos grandes destaques do ano. A ACSP recebeu tributaristas, economistas e representantes de entidades de classe para debater a necessidade de proteger o Simples neste processo. Entre os palestrantes, a associação recebeu o ex-secretário da Fazenda José Clóvis Cabrera e o ex-ministro da Previdência Nelson Machado para falar sobre o split payment.
"Não nos omitimos nesse tema. Trouxemos especialistas para discutir e comparar a nossa reforma tributária com as de países da Europa, como a Alemanha", diz o superintendente Oliveira.
Palestraram na ACSP empresários de peso, como "a dama da hotelaria" Chieko Aoki, fundadora da rede Blue Tree, que discutiu o mercado de serviços e hospitalidade, além de falar sobre sua experiência empresarial.
E Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, hoje acionista do grupo e à frente de negócios automobilísticos e de logística, para discutir temas como a "taxa das blusinhas" e o avanço dos marketplaces chineses.
Também estiveram na ACSP o diretor-presidente da Cohab João Cury Neto, o secretário do governo paulista Guilherme Afif Domingos, que falou sobre a mudança da estrutura do governo de São Paulo para o Centro, e o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, em duas ocasiões, para falar de cenário econômico.
Uma iniciativa interessante realizada pela ACSP em 2024, segundo Oliveira, foi a sabatina com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. "Vieram todos, com exceção do José Luiz Datena e do Pablo Marçal. Com os demais, o debate foi de grande valia, pois ajudou a entender os seus programas de governo e também a formar a decisão de voto", destaca.
O superintendente também lembrou de eventos marcantes, como a condecoração Carlos de Souza Nazareth, uma das grandes honrarias da ACSP para quem presta serviços relevantes à sociedade. Neste ano, os homenageados foram o Instituto de Geografia e História de SP, a Escola Politécnica da USP e o Rotary Club, além do governador Tarcísio de Freitas.
Também citou os encontros empresariais por região da cidade, as comemorações dos 100 anos do Diário do Comércio, o lançamento da agência DC News e a condecoração de Alê Costa, fundador da Cacau Show, com o prêmio de empreendedorismo Antônio Proost Rodovalho, a maior honraria concedida pela ACSP, sempre na ocasião do aniversário da entidade.
"Fechamos os 130 anos da ACSP com projetos interessantes e inovadores. O balanço de 2024 é de um ano altamente positivo, que vai gerar muitas novidades para 2025", sinaliza Oliveira.
O QUE VEM POR AÍ
Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP, afirma que em 2025 a ideia é repetir, ainda com maior sucesso, as visitas de personalidades importantes para abordar os assuntos em destaque no momento. Já em fevereiro, por exemplo, ele adianta que está prevista a vinda do primeiro-ministro de Portugal Luiz Montenegro.
Ao longo do ano, a instituição continuará acompanhando as propostas da Prefeitura para a cidade São Paulo e a revitalização do Centro, além das mobilizações pelo Voto Distrital e a luta em defesa do Simples Nacional na reforma tributária.
"Traremos para o debate tudo o que for interessante para defender as bandeiras do empreendedorismo, da livre iniciativa, do desenvolvimento da economia brasileira e tudo mais o que for necessário para que o empresário possa empreender sem muita complicação. Esse continuará sendo nosso principal objetivo", destaca Ordine.
Outras propostas de debate interessantes para 2025, segundo Arnédio Oliveira, será a COP 30, por trazer o tema da sustentabilidade, das fronteiras agrícolas e da transformação da Amazônia em ativo. Estes assuntos já começaram a ser debatidos em 2024 na ACSP, com a presença do governador do Pará Helder Barbalho, estado que sediará a conferência. Agora, a ideia é organizar seminários ao longo de 2025 para falar não só da COP, mas de outros temas correlatos e abrangentes.
No Conselho de Cibersegurança está previsto um seminário sobre inteligência artificial e crimes cibernéticos, assunto constantemente em alta no Brasil e no mundo, segundo Oliveira. "Esse tipo de crime é bastante organizado, basta invadir um celular para roubar tudo. Então, a ideia é discutir e mostrar como se proteger disso, além de procurar orientar sobre como a inteligência artificial pode ser usada para favorecer os negócios no varejo."
As intervenções urbanas na cidade de São Paulo na segunda gestão do prefeito Ricardo Nunes continuarão a ser debatidas em 2025 na ACSP. Ele fez uma série de propostas para a cidade, foi reeleito, e vamos usar nossa capacidade de debate para acompanhar o seu andamento, reforça o superintendente.
"E continuar trabalhando pela recuperação do Centro, essa é uma das principais diretrizes da casa. O nosso CPU vai continuar a trabalhar fortemente para que a região seja revigorada e para que esse processo de transformação continue."
A reforma tributária também não sairá da pauta e deve aparecer com mais destaque no próximo ano, já que em breve os contribuintes entrarão na fase de transição entre regimes e começarão a conviver com os dois sistemas, o atual e o novo.
"É quando o micro, o pequeno e o médio empresários vão sentir a mudança para valer, então, vamos sempre trazer especialistas para tirar dúvidas e apresentar atualizações sobre essa fase", explica Oliveira.
2025 também será o ano para dar mais destaque ao varejo, trazer mais entidades para discutir os caminhos do setor na cidade de São Paulo e debater as mudanças nas relações de consumo com o avanço da inteligência artificial, afirma.
"Também pretendemos falar sobre a estruturação de uma grande feira para o varejo em São Paulo, nos moldes de uma NRF, quem sabe?"
Para Oliveira, 2025 será o ano de aprimorar as ferramentas da ACSP para promover uma integração maior entre os Conselhos setoriais e aumentar o foco sobre os temas de maior interesse da entidade e seus associados. "A ideia é trazer convidados com opiniões ainda mais relevantes, para que essas pautas sejam ainda mais bem aproveitadas", finaliza.
IMAGEM: Daniela Ortiz
Fonte: Assessoria de Imprensa
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