Brasília amanheceu mais verde nesta terça-feira (8). Esse feito se deve à presença da GOL Linhas Aéreas, que levou à capital federal sua aeronave temática #MeuVooCompensa especialmente para exposição na Base Aérea local, e à sanção da Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em cerimônia que antecedeu a abertura da feira Liderança Verde Brasil Expo.
Na cerimônia, o Combustível do Futuro foi anunciado como o maior e mais inovador programa de descarbonização da matriz de transportes e mobilidade do planeta. É visto como um marco para o surgimento de uma nova economia, a “economia verde”, que alia a força e a pujança da agricultura brasileira à vocação incontornável do País para a produção dos biocombustíveis.
Entre as diversas iniciativas do Combustível do Futuro, há programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável de aviação e de biometano (também gerador de energia), além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. O Brasil já é um dos líderes na produção de biocombustíveis no mundo, e esse programa tem como objetivo posicionar o País na dianteira para “uma transição energética justa, equilibrada e inclusiva”, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.
“Estamos tornando realidade uma verdadeira revolução agroenergética, colocando o Brasil na dianteira da nova economia: a economia verde. Estamos aliando a força da agricultura brasileira com a nossa incomparável capacidade de produção de biocombustíveis. Os avanços que teremos em razão dessa lei são inéditos, introduzindo o combustível sustentável de aviação e o diesel verde à matriz energética e descarbonizando setores que contribuem significativamente para a poluição do planeta. O Combustível do Futuro é transição energética com desenvolvimento social e responsabilidade ambiental”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Como representantes da GOL, Companhia pioneira na América Latina em iniciativas voltadas para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, estavam presentes no evento Renata Fonseca, Chief Legal Officer (CLO) e diretora executiva de Relações Institucionais e Governamentais, Eduardo Calderon, diretor do Centro de Controle Operacional (CCO) e Engenharia, e Felippe Bandeira Ramos Coelho, gerente de Relações Governamentais.
O sancionamento da Lei do Combustível do Futuro e a feira Liderança Verde Brasil Expo reuniram na manhã desta terça (8) as maiores empresas públicas e privadas do setor de biocombustíveis, gás e energia elétrica em Brasília. Na ocasião, aconteceu uma grande exposição de equipamentos – como o Boeing 737 MAX verde da GOL - e veículos que utilizarão as tecnologias lideradas pela indústria brasileira, caso do SAF e BioGLP, produzidos a partir de matérias-primas renováveis.
Aeronave verde e as iniciativas em curso
O Boeing 737 MAX, de prefixo PR-XMR, foi apresentado em setembro do ano passado pela Companhia como forma de materializar suas ações de cunho ambiental e lançar novas frentes relacionadas à sustentabilidade. O laranja, cor tradicional da GOL, deu espaço ao verde na pintura externa de viés sustentável, projetada para durar por 10 anos e confeccionada de forma totalmente manual na GOL Aerotech, o centro de manutenção de aeronaves da Companhia, localizado no aeroporto de Belo Horizonte/Confins (CNF).
Para a exposição em Brasília e para a visitação do presidente Lula e do ministro Alexandre Silveira, o avião foi customizado nas laterais com adesivagens que trazem o logotipo do Ministério de Minas e Energia e os dizeres “Brasil – Gigante pela própria natureza” e “Combustível do Futuro – SAF”.
A GOL tem agido de forma contínua, há mais 12 anos, para mitigar o impacto dos voos nas mudanças climáticas. A compensação de carbono, vigente desde junho de 2021 na Companhia, é uma medida de mercado alternativa e intermediária, embora eficaz, em prol da conservação do espaço aéreo, do ambiente que circunda os aeroportos e da natureza.
A empresa foi a primeira Companhia Aérea do Brasil a se comprometer, no segundo trimestre de 2021, com o balanço líquido zero de carbono até 2050. Para atingir essa meta, a GOL se apoia em 4 pilares definidos pela ICAO e ratificados pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos), cada qual com suas porcentagens de participação no intento maior que é a descarbonização do setor:
- Utilização de aeronaves tecnologicamente mais avançadas que propiciam menor consumo e emissão de CO² - caso do Boeing 737 MAX, que já representa hoje cerca de 30% da frota da GOL: 15%;
- Melhorias operacionais contínuas, como otimização do espaço aéreo e das operações em solo: 3%;
- Uso de combustível sustentável - SAF: 64% até 2050;
- Medidas baseadas no mercado, como a compensação voluntária de carbono pelos clientes: 18%.
O 737 MAX desempenha um papel fundamental nos objetivos da Companhia para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Este modelo de aeronave oferece uma economia de 15% no consumo de combustível em comparação com os modelos anteriores, além de produzir 16% menos emissões de carbono e ser 40% mais silencioso do que o 737-800 NG.
A adoção do 737 MAX reforça o compromisso da GOL com a modernização constante de sua frota, utilizando aviões mais eficientes e modernos, o que não apenas reduz custos operacionais, mas também minimiza a emissão de poluentes. A GOL possui 47 aeronaves Boeing 737 MAX 8 no Brasil, todas em operação, com previsão de chegar a 75 - metade da sua frota - até o final de 2025.
Em junho deste ano, uma iniciativa pioneira da GOL, apoiada por sua fornecedora de combustível no Brasil, a Vibra, permitiu a primeira compensação no Brasil de SAF com o sistema Book & Claim, que garante tanto os requisitos de sustentabilidade quanto de rastreabilidade, para uma operação robusta e com credibilidade, no processo de descarbonização da aviação.
O piloto do Book & Claim integra o Project Runway, uma iniciativa da SkyNRG, empresa referência em SAF com sede na Holanda. Esse projeto apoiou a GOL na redução de 180 toneladas de emissões de CO2 por meio de reivindicações de SAF. Com a SkyNRG fornecendo SAF para aeroportos europeus, a abordagem Book & Claim permitiu à GOL inserir na América Latina os benefícios ambientais advindos dessa ação.
Já no mês passado, a Companhia comemorou um ano de sua parceria com a eureciclo, cujo objetivo é construir um mundo sustentável por meio da valorização da reciclagem e da transformação socioambiental. No período de um ano, a GOL compensou 1.022,07 toneladas de resíduos recicláveis descartados a bordo. Para cada embalagem plástica, de papel, vidro ou alumínio descartada durante os voos, a Companhia enviou para reciclagem outras duas embalagens – ou 200% -, superando amplamente os 30% de piso reciclado exigidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A GOL tem a convicção de que a sanção da Lei do Combustível do Futuro e outras políticas públicas vindouras contribuirão fortemente para impulsionar a produção dos biocombustíveis no Brasil, sem gerar distorções mercadológicas e com a garantia de estabilidade de mercado para os produtores, assim como a proteção em termos de preço ao consumidor final.
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