A importância da acessibilidade no turismo regional

Alessandra Trigo já passou por mais de 100 cirurgias, devido a fragilidade dos seus ossos e mesmo enfrentando todos os tipos de preconceitos, sua força de vontade em defender os direitos das pessoas com deficiência, idosos e obesos é admirável e foi tema da nossa entrevista. “O setor de turismo deve olhar esse público como um oceano de possibilidades”

Dez 5, 2024 - 09:57
Dez 5, 2024 - 19:01
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A importância da acessibilidade no turismo regional
Alessandra Trigo, Top Voice no LinkedIn

Quando o assunto é turismo, as pessoas logo relacionam viagens com paisagens alucinantes, muita liberdade em ir e vir, diversão, aventuras e a oportunidade de desbravar novos horizontes e as belezas de um novo destino.

Mas, e se você é uma pessoa com deficiência, como os empresários e os gestores públicos identificam você nesse oceano de possibilidades?

De acordo com Alessandra Trigo, influenciadora digital e Top Voice do LinkedIn, Consultora, Mentora e Palestrante em Diversidade, Inclusão e Acessibilidade, “pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida têm passado despercebidas há tempos pelos gestores públicos e pela maioria dos profissionais do turismo. Eles não nos enxergam como consumidores potenciais”.

E faz um alerta aos donos de hotéis, bares e restaurantes, “Queremos muito conhecer seu hotel e seu estabelecimento. Para isso você precisa inovar, nos enxergar como consumidores potenciais. Saiba que não nos oferecer acessibilidade, inclusive, a atitudinal, faz com que você perca uma grande oportunidade de negócios. Somos um público, que estamos sedentos para passear e descobrir o turismo regional, mas, muitas vezes, não nos arriscamos por conta de todos os transtornos que iremos passar, como falta de acessibilidade e inclusão nos locais”.

Como especialista no assunto, pois Alessandra sofre preconceito desde sua infância, por ter nascido com osteogênese imperfeita, ou como é reconhecida, ossos de vidro, seus pais tiveram que lutar muito para dar uma qualidade de vida, inclusive, para colocá-la na escola, um direito de todos e dever do estado. “No parquinho infantil, eu já sabia ler, mas as escolas não queriam me aceitar. Graças ao Sesi 338, consegui uma vaga escolar até a oitava série. Hoje, com meus 50 anos, sou casada e já passei por mais de 100 cirurgias, mas, tive uma infância com muita dor, devido a doença genética ser rara e provocar fragilidade óssea com deformidades, mas inclusive com os preconceitos. Não ando, mas, me locomovo com um triciclo e te garanto, sou muito feliz”.

Mesmo sofrendo dores e bullying na infância e adolescência, Alessandra tem conquistado sua meta profissional e com um semblante feliz, garante, "trabalho para levar a inclusão e mobilidade nas empresas, com palestras e mentorias com o tema: Vamos, juntos, pedalar pela inclusão das pessoas com deficiência na sua empresa? ”.

E Alessandra não está sozinha nessa estatística. Aproximadamente, 1.500 brasileiros, sofrem com osteogênese imperfeita. “Tem muitas pessoas que tem essa doença e, ainda, não sabem”, enfatiza.

No Brasil, 23,92% da população, ou seja, mais de 45 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de deficiência. Deste total, mais de 13 milhões são deficientes físicos. E quando abordamos sobre o turismo regional brasileiro, Alessandra enfatiza a importância de os empresários criarem opções para esse novo público."Atrás de uma pessoa com deficiência vem toda uma família e amigos, ávidos por consumir e conhecer novos lugares. Mas, nós, pessoas com deficiência precisamos sentir que somos acolhidos e incluídos nos ambientes. E quero alertar que, as pessoas com deficiência, não são apenas as pessoas cadeirantes, mas sim, pessoas surdas, pessoas mudas, pessoas com deficiência intelectual, pessoas autistas, enfim. Qualquer pessoa pode vir a sentir na pele os desafios de ser uma pessoa com deficiência, pois nem todas as pessoas nascem com uma deficiência, elas a adquirem ao longo da vida.”

 "Existe um oceano de possibilidades no turismo regional brasileiro", afirma Alessandra Trigo

E explica, “tem pessoas que chegam nos hotéis e não conseguem tomar banho, simplesmente por que não cabem nos banheiros. Os empresários precisam rever seus alojamentos e acomodações, para incluir essa nova população”, alerta Alessandra.

 

OBESIDADE

Atualmente, 48% dos adultos brasileiros (com mais de 18 anos) vivem com obesidade e outros 27% estarão com sobrepeso, totalizando 75%, ou seja, 130 milhões de brasileiros deverão estar acima do peso em 2044, sendo 83 milhões com obesidade e 47 milhões com sobrepeso.

E o que estamos fazendo para combater esse estilo de vida do brasileiro.

Sem dizer as dificuldades que os estabelecimentos comerciais, postos de saúde e Santas Casas enfrentam quando chega uma pessoa com obesidade, pois até as cadeiras são desconfortáveis, banheiros minúsculos, e macas inapropriadas, podendo causar até acidentes nos pacientes, entre outros desafios.   É fundamental compreender todos os determinantes da obesidade, evitando a culpabilização e a discriminação das pessoas.

 

IDOSOS NO BRASIL

E quando falamos em idosos, os empresários e gestores públicos demoram em perceber que o Brasil está envelhecendo e as necessidades da população também.

De acordo com Censo de 2022, realizada pelo IBGE -  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos. Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, ou seja, 15,8% da população brasileira.

E Alessandra Trigo, tem desenvolvido um case no Hotel Mercure Pinheiros, através da sua consultoria para acolher esse novo público, que cresce anualmente.

 

CONEXÃO COM RESPONSABILIDADE SOCIAL

Portanto, a Rota do Turismo tem uma missão especial, ou seja, sensibilizar os empresários e gestores públicos sobre a importância de um turismo responsável, regenerativo, e que apresente o bem-estar social na inclusão das pessoas com deficiência, idosas ou obesas, ao dar oportunidades de locomoção e acessibilidade nas suas viagens, sejam elas de negócios ou lazer.

ROTA DO TURISMO

A Rota do Turismo é uma WebTv que nasceu para conectar os turistas com os empresários e gestores públicos.

No Brasil, temos aproximadamente 2.940 municípios turísticos que o brasileiro desconhece.

Fundada em 1997 pela empresária e jornalista Adriana Fagundes, sua missão tem sido o fortalecimento do turismo regional brasileiro para alavancar o turismo responsável, sustentável e regenerativo para gerar emprego e renda e manter as famílias no interior.

A Rota do Turismo está localizada na cidade de Sertãozinho/SP, que hoje completa 128 anos, e sua fundadora atua na liderança do Grupo Mulheres do Brasil Sertãozinho. Adriana Fagundes também é membro fundadora do Rotary Club de Ribeirão Preto-Califórnia, sendo o primeiro clube com foco no empoderamento feminino e representante de imagem pública do Distrito 4540 do Rotary International.

Quer saber mais, como podemos te ajudar. Agende uma reunião com nossa equipe.

Rota do Turismo, o canal de comunicação do turista conectado.

 

 

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Rota do Turismo A Rota do Turismo é um canal de comunicação que chegou para unir empresários e atrativos do turismo, para facilitar a vida do turista. Ao turista, vamos oferecer SEGURANÇA na informação, com jornalistas qualificados, pois o país oferece em torno de 2.940 municípios turísticos, divididos em 342 regiões turísticas para você descobrir ou redescobrir. Aos gestores públicos, vamos ser sua vitrine, para apresentar os pequenos munícipios aos turistas, com investimento que caiba no seu orçamento. Assim, vamos divulgar os municípios brasileiros e apresentar suas atrações turísticas para o mundo, além de oferecer um trabalho voltado a mudança de cultura para a receptividade e atendimento ao turista, mostrando sua importância no cenário econômico. E aos empresários, somos a sua oportunidade de colocar sua marca nas mãos de um público segmentado ao seu negócio, através da plataforma Rota do Turismo, além de atender a demanda das mulheres empreendedoras e empresárias que viajam sozinhas ou com sua família/amigos e que desejam segurança e qualidade dos produtos e serviços adquiridos, além de capacitar seus colaboradores e criar um banco de dados dos profissionais do setor.