A pediatra, Mariadélia Francóy, explica a importância da vacina da pólio no Brasil

No dia mundial do combate a pólio, a Rota do Turismo, entrevistou a médica pediatra, Mariadélia Francóy para alertar as mães deste século, sobre a importância da vacinação nas crianças, principalmente, contra a paralisia infantil.

Out 24, 2024 - 12:00
Out 24, 2024 - 16:31
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A pediatra, Mariadélia Francóy, explica a importância da vacina da pólio no Brasil
Mariadélia Francoi, pediatra, alerta aos pais e responsáveis sobre a paralisia infantil

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil ou pólio, é uma doença infecciosa causada por um vírus que pode causar paralisia nos membros inferiores, insuficiência respiratória e até a morte: 

Apesar da poliomielite estar erradicada no Brasil desde 1990, a cobertura vacinal está abaixo da meta de 95% nos postos de saúde. Essa baixa na vacinação está ocorrendo desde 2016, chegando a apenas de 75% das crianças vacinadas, mas no período da pandemia, diante de tantas fake News contra as vacinas esse número trouxe um alerta aos médicos e Ministério da saúde.

 

E para falar sobre esse assunto, a convidada de hoje é a médica pediatra, Mariadélia Francóy, rotariana que assumiu o cargo de secretária do Distrito 4540 do Rotary na gestão 2024-25, como também está responsável na Fundação Rotária pelas Campanhas de Vacinação e, nos Serviços Humanitários, seu foco está no Tratamento e Prevenção de doenças.

E quando o assunto é saúde, Mariadélia não titubeia, “a prevenção é o melhor caminho!”.

E já que prevenção é necessário, o Dia Mundial da Saúde chegou para alertar os pais ou responsáveis das crianças de até 5 anos sobre a importância de vacinarem os pequenos. 

 

 

E esse alerta faz sentido, pois segundo a pediatra, "muitas mães desconhecem o estrago que a poliomielite faz na vida das crianças, que estão sem a vacina. Por isso, o trabalho que o Rotary Internacional tem desenvolvido nos últimos anos para o combate à doença é tão importante. Graças a essas ações, no Brasil, a pólio está erradicada, mas hoje, o mundo está conectado e é muito fácil o vírus sair de um país para o outro. Infelizmente, temos países em que a doença ainda predomina, como por exemplo: o Afeganistão, a Nigéria e o Paquistão. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém a poliomielite como uma emergência global em saúde pública de importância internacional”, relata Mariadélia.

E continua, "a poliomielite é uma doença transmissível, causada pelo poliovírus, um vírus que vive no intestino e que pode ser transmitida pelo contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas, o que pode contaminar as crianças que estão em falta com a vacina. Por isso, a importância de vacinar as crianças de 2 meses a 5 anos", esclarece Mariadélia.

 A maioria das pessoas infectadas não apresentam sintomas, e outras apresentam somente sintomas leves, tais como: febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço e dores musculares profundas. Em casos graves, a poliomielite pode causar paralisia permanente, insuficiência respiratória e até a morte. 

 

ZÉ GOTINHA

No Brasil, o Ministério da Saúde lançou a vacina como gotinha e para dar destaque a importância da vacinação infantil, há 38 anos criou o mascote "Zé Gotinha", para atrair as crianças.

 

O sucesso foi tão grande, que o nome  Zé Gotinha”, foi sugerido por crianças, através de cartas que foram enviadas às secretarias de saúde e depois ao Ministério da Saúde e o carisma do personagem é um sucesso até hoje, considerado como um símbolo universal com a missão de salvar vidas.

"Mas a partir do próximo ano, 2025, a vacina voltará a ser aplicada e, por isso, acredito que teremos o Zé Gotinha numa versão mais moderna", conclui Mariadélia.

 

Emergência global em saúde pública

 

Em entrevista à Agência Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que decidiu manter a poliomielite como emergência em saúde pública de interesse internacional devido a análise dos dados disponíveis sobre a circulação do vírus, sobretudo, nos seguintes países: Afeganistão, Etiópia, Guiné Equatorial, Quênia, Mali, Níger, Paquistão, Senegal e Somália.

“O comitê concordou, por unanimidade, que o risco de propagação internacional do poliovírus continua a configurar uma emergência em saúde pública de importância internacional e recomendou a prorrogação de orientações temporárias por mais três meses”, destacou a OMS no documento.

Dentre os fatores levados em consideração estão:

- Vacinação de rotina fraca: muitos países possuem sistemas de imunização fracos e que podem ser ainda mais afetados por emergências humanitárias, incluindo conflitos. O cenário, segundo a OMS, representa risco crescente, já que as populações dessas localidades ficam vulneráveis ​​a surtos de poliomielite.

  • Falta de acesso: a inacessibilidade continua a representar um grande risco para o combate à pólio, especialmente no norte do Iêmen e na Somália, onde existem populações consideráveis ​​que não foram alcançadas pela imunização contra a poliomielite durante longos períodos (mais de um ano).

Poliovírus selvagem

Desde a última reunião do comitê de emergência, há três meses, 12 novos casos de poliovírus selvagem foram notificados, sendo cinco no Afeganistão e sete no Paquistão, elevando para 14 o total de casos registrados em 2024.

As amostras de ambiente que testaram positivo para o vírus no Paquistão passaram de 126 ao longo de 2023 para 186 este ano, enquanto no Afeganistão, o salto foi de 44 para 62 casos positivos no mesmo período.

Poliovírus derivado da vacina

Já os casos do chamado poliovírus circulante derivado da vacina, em 2024, chegaram a 72, sendo 30 registrados na Nigéria. 

Há, segundo a OMS, dois novos países que reportaram casos desse tipo desde a última reunião do comitê de emergência: Etiópia e Guiné Equatorial. A maioria dos casos foi importada do Sudão e do Chade.

Esse tipo de manifestação da doença acontece porque a vacina oral contém o vírus ativo, mas enfraquecido. A dose faz com que o organismo humano produza uma defesa imunológica contra a doença e o vírus enfraquecido se multiplica no intestino da criança, sendo eliminado pelas fezes.

Em locais com saneamento precário, o vírus enfraquecido eliminado dessa forma pode contaminar outras pessoas, o que não é de todo mal já que, com isso, elas adquirem imunidade. A cepa não encontra mais hospedeiros e desaparece do meio ambiente. O problema é quando isso acontece em regiões com baixa cobertura vacinal para a pólio, onde o vírus pode continuar circulando livremente, atingindo crianças suscetíveis ou que não foram imunizadas.

De acordo com a OMS, Argélia, Costa do Marfim, Egito, Guiné Equatorial, Gâmbia, Libéria, Moçambique, Senegal, Serra Leoa, Sudão, Uganda e Zimbábue detectaram o poliovírus circulante derivado da vacina em amostras de ambiente, mas sem casos confirmados para a doença.

PEDAL

Portanto, em Ribeirão Preto/SP, a ação de vários Rotary Clubs para combater a poliomielite acontecerá no dia 10 de novembro, na Praça Omilton Visconde, conhecida como a Praça da Bicicleta, para unir toda a família e levar a conscientização as crianças e adultos no Pedal solidário.

Para participar da ação, basta  fazer sua inscrição aqui  

Diga não a Fake News 

E nesse Dia Mundial contra a poliomielite se faz necessário um alerta aos pais e responsáveis pelas crianças até 5 anos, “a vacina salva vida e está nas suas mãos ter uma criança livre da paralisia infantil. Para isso, basta manter a carteira de vacinação em dia. É melhor prevenir, do que chorar”, conclui a jornalista e CEO da Rota do Turismo, Adriana Fagundes.

Diga não as fake News e compartilhe essa matéria com todos os brasileiros, para que o Brasil volte a ter 100% das crianças vacinadas e livres de doenças, principalmente, da paralisia infantil.

 Quem ama cuida!

 

 

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