Por medo ou desconhecimento Sertãozinho deixa de investir nas entidades em torno de R$ 7,700 milhões informa auditor fiscal
Auditor da receita federal apresenta dados e confirma, “quem destina recursos nas entidades assistenciais do município através do Imposto de Renda, sabe onde seu dinheiro está sendo investido e recebe de volta na restituição”.
Na tarde desta terça-feira, 13 de dezembro, o auditor fiscal da Receita Federal e representante Nacional de Cidadania Fiscal, Júlio Alfredo Hahn Curvo esteve em Sertãozinho para uma reunião com representantes do Rotary club de Ribeirão Preto-Califórnia e empresários locais, para esclarecer a importância da destinação do imposto de renda nos municípios brasileiros e no impacto que isso ocorre.
Ficou claro que, com o medo ou desconhecimento dos contadores os municípios deixam de receber milhões para ajudar as entidades assistenciais.
Sim, os empresários e a população deixam de ajudar as entidades com doações através da destinação de parte do Imposto de renda para entidades de cada município, por puro desconhecimento ou medo e com isso, mais de R$ 7,700 milhões referente ao calendário 2022/23 que poderia ser injetado em Sertãozinho foi parar nos projetos em Brasília.
“Desse total, apenas R$ 1 milhão foram destinados as entidades cadastradas em Sertãozinho, ou seja, das 386 empresas que poderiam destinar, apenas 7 o fizeram e das 13 mil pessoas, apenas 213 destinaram recursos para o município”, explica Júlio.
Com os dados atuais e que só os funcionários da Receita Federal têm a disposição, Júlio enfatizou que em Sertãozinho 386 empresas são enquadradas no lucro real e, “se for olhar cada segmento o resultado surpreende, ou seja, só o setor sucroalcooleiro tem potencial para destinar em torno de R$ 600 mil em vários projetos, enquanto os supermercados chegam próximos aos R$ 500 mil, sem precisar tirar dinheiro do bolso, mas, apenas destinando parte do que estaria pagando a Receita Federal”.
Júlio também apresentou dados de Ribeirão Preto e explicou que a destinação de recursos pode vir das Pessoas físicas, o que gira em aproximadamente R$ 63 milhões, que podem ficar na cidade, ou seja, mais de R$ 8,100 milhões referente às 3.152 empresas, conforme o calendário 2022,/23. Resultado esse no momento que o Brasil enfrentava a pandemia.
“Para 2023 estimamos um crescimento de 5 a 6% desse valor. Ou seja, se você pegar 10% das empresas maiores, sozinhas, representam mais da metade do que pode ser destinado ao município. E sabem quantos destinaram recursos no ano passado, apenas 1091 pessoas físicas que resultou em 2 milhões e R$ 6 milhões que vieram de, apenas, 126 empresas”.
Percebe a dimensão de recursos que podem ser obtidos com a destinação de recursos em apenas 2 municípios, imagina no Brasil inteiro.
Através da união e destinação dos recursos, a população pode ajudar todas as entidades e dar mais dignidade as pessoas com vulnerabilidade social.
“Você destinando parte do seu imposto de renda as entidades do seu município, ajudará e poderá controlar onde seu imposto está sendo utilizado e terá a oportunidade de escolher quem você pode ajudar, tais como: Idosos, crianças, esporte, cultura ou audiovisuais.
Por outro lado, as entidades poderão receber projetos para ajudar e incentivar a doação para os conselhos dos idosos (FDPI), crianças e adolescentes (FDCA), cultura, Pronac, Atividades audiovisuais, Projetos desportivos e paradesportivos, Pronac, Proac, Pronon, Pronas e pode doar em dinheiro ou equipamentos para os fundos CMDCA e CMI.
Portanto, pessoas e empresas podem direcionar parte do seu imposto de renda para essas atividades mediante "doação em espécie ou bens", cujo valor poderá s deduzido de IMPOSTO DEVIDO* apurado na Declaração de Ajuste Anual, observado o limite legal.
E quando você destina para uma entidade, automaticamente a Receita Federal devolve essa destinação na sua restituição”.
Veja o exemplo no vídeo abaixo.
As pessoas que participaram do encontro saíram animadas com o resultado é bom propósitos de nova reunião para incentivar a participação dos contadores das empresas e comércio local.
A presidente Gleice Borges, do Rotary Club de Ribeirão Preto-Califórnia agradece a presidente do Ceise Br, pelo carinho e empréstimo do auditório e garante, que em breve estará realizando uma nova palestra com o auditor fiscal em Ribeirão Preto.
Fonte: Adriana Fagundes
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