Sustentabilidade no transporte de cargas, sim é possível

Num mundo em que a sustentabilidade é a palavra-chave, a Rota do Turismo busca empresas  que fazem a diferença no mercado brasileiro.

E como nosso destino é o turismo regional, com certeza, os turistas sempre deparam com muitos caminhões pelas estradas brasileiras, embaladas com lonas e, as vezes, algumas rasgadas.

Mas o que fazer quando isso acontece, jogar fora?

Claro que não, e hoje vamos mostrar alguns dos caminhos que esse produto tem pela frente.

Sim... como o assunto é sustentabilidade, você já parou para perguntar qual tem sido o destino final desse material, a lona, quando ele se desgasta pelo tempo e até pelo tempo útil do produto. O que fazer, jogar fora?

A Rota do Turismo foi atrás para descobrir qual a trajetória desse produto quando está sendo confeccionado e, principalmente, quando chega no seu limite. Foi ai que descobrimos a Brasil Verde, uma empresa fundada em Ribeirão Preto no ano de 1982, por Gilberto Aleixo, que iniciou as atividades reformando e vendendo as lonas para caminhoneiros, feirantes e empresas do setor de transportes. 

Essa paixão gerou frutos e sua família cresceu, expandindo para a Brasil Verde Toldos e, nestes 40 anos de trabalho, vendendo toldos e coberturas flexíveis, uma preocupação sempre foi o alicerce da empresa e continuou na sucessão familiar, a sustentabilidade ambiental.

Em vez do lixo, o luxo!

Camila Andréia Aleixo, que está na segunda geração da empresa, percebeu que poderia fazer algo mais com os retalhos de lonas novas e usadas e começou a criar brindes para distribuir aos seus clientes e parceiros, ao mesmo tempo em que abriu um novo nicho na empresa. “Se as empresas quiserem e trazer sua logomarca, nós confeccionamos os brindes para eles através dos nossos retalhos, tais como: nécessaires, pochetes e sacolas resistentes”

Além dessa destinação aos retalhos, Camila também enfatiza que comercializa as sobras dos retalhos para os artesãos que buscam o produto para confeccionar artesanato.

“Temos clientes de Araxá e São Paulo, que utilizam esses produtos, novos ou usados para telas de pintura, sofás e, inclusive, tivemos um cliente que comprou uma lona usada para confeccionar o seu terno de casamento”, comemora a empresária.

E para quem estiver precisando de matéria prima para confeccionar seus produtos nesse final de ano, Camila garante que o retorno com o retalho da lona é garantido. “A cada 6 ou 8 meses nossa indústria produz em torno de 1 tonelada de retalhos e a cada um metro e meio o artesão consegue fazer até 4 nécessaires, gerando um lucro muito bom e o que é melhor, ajudando a preservar o meio ambiente”, garante.

Já os caminhoneiros, encontram na empresa produtos de excelência, pois eles atuam como revendedora autorizada de grandes marcas, além de fornecer peças e acessórios para montar kit ou desenvolver seu projeto. “Temos uma equipe treinada e especializada para seu atendimento”.

E para os artesãos que precisam de materiais, de acordo com Camila, o quilo de retalhos sai por R$ 5,00 e as encomendas podem ser feitas na própria empresa, localizada na Rua Amparo, 596 - Vila Mariana, em Ribeirão Preto/SP ou pelo whatsapp, disponível no vídeo com a entrevista exclusiva com Camila Aleixo.