Autocuidado, representatividade e diversidade cultural norteiam programação no Museu das Culturas Indígenas
No mês em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas (19/04), o MCI realiza uma rica programação gratuita de oficinas, cursos, feira de artesanato, apresentações culturais, palestras e rodas de conversa;
Para celebrar o Dia dos Povos Indígenas (19/04), o Museu das Culturas Indígenas realizará uma série de atividades especiais na segunda edição do Abril Indígena. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
A agenda prevê apresentações de danças, palestras, oficinas e cursos de formação que pretendem sensibilizar o público sobre o contexto dos indígenas nos territórios originários do Estado de São Paulo. Confira a programação ao longo do mês:
Kitche-rã Kaingang fazendo grafismos. Foto: Acervo MCI
Em 18 de abril, às 14h, é a vez do MCI receber a comunidade surda para uma visita guiada com interpretação em Libras. O público percorrerá as exposições Hendu Porã’rã - Escutar com o corpo, Mymba’i - Pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica, Nhe’ẽry - onde os espíritos se banham e Ocupação Decoloniza - SP Terra Indígena. Também poderão conhecer mais sobre a vivência indígena com os mestres de saberes.
Cineclube TAVA
Nesta edição especial do Abril Indígena, o MCI receberá o lançamento de dois documentários que tratam da cosmovisão e da luta do povo Guarani Mbya, ambientados na T.I. Jaraguá, em São Paulo (SP), na quinta-feira (18/04), às 18h. Minha câmera é minha flecha! (2024), de Natália Tupi e Guilherme Fascina, conta a trajetória do comunicador, Richard Wera Mirim, que utiliza as redes sociais e produtos audiovisuais como ferramentas para luta e resistência dos povos originários. Em Os sonhos guiam (2024), Natália Tupi registra experiências espirituais do jovem líder indígena, Mateus Wera.
Frame do documentário “Os sonhos guiam”. Foto: divulgação
Após a projeção dos documentários, o público poderá conhecer mais sobre as produções em um bate-papo com a diretora, Natalia Tupi, e os personagens, Richard Wera e Matheus Wera.
Artes manuais e literatura
Para celebrar e difundir conhecimentos tradicionais sobre a fabricação de artefatos, o MCI abrirá a Feira de Artesanato Indígena em 19 de abril, na área externa do espaço. Artesãos de diferentes regiões do Estado de São Paulo vão expor e comercializar peças em madeira, sementes e penas.
Na mesma data, às 14h, o MCI realizará o lançamento do livro Cânticos Tradicionais, Científicos e Culturais Huni Kuĩ, uma coletânea de cânticos milenares científicos e culturais do povo Huni Kuĩ, selecionados pelo pesquisador e mestre de saberes, Maru Huni Kuĩ.
Histórias e apresentações culturais
Em 20 de abril, às 10h, histórias do povo Terena serão contadas por Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo, das T.Is. Icatu e Araribá no Oeste Paulista. Os Terena são parte remanescentes da antiga nação Guaná e estão presentes nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Possuem características culturais essencialmente chaquenhas (de povos provenientes da região do Chaco, e no caso dos Terena, do Paraguai) e falam a língua tradicional Aruak.
Ritual do Toré será uma das apresentações culturais de abril no Museu. Foto: acervo MCI
Às 14h, o ritual Toré será apresentado pelo grupo de dança Pankararu, constituído por moradores do Real Parque, em São Paulo (SP). O Toré é considerado símbolo maior de resistência e união entre povos, além de ser uma das principais tradições indígenas do povo Pankararu do nordeste brasileiro.
Visitas mediadas
Em 26 de abril, às 15h, o MCI oferecerá uma visita mediada e um bate-papo para os idosos, é a Virada da Maturidade: acolhimento e roda de conversa para público idoso. A atividade visa provocar trocas culturais sobre as perspectivas dos povos originários a respeito do envelhecimento e o papel social dos mais velhos nos territórios. A visita será conduzida pelos mestres de saberes, Natalício Karaí e Cláudio Verá.
Temáticas indígenas na educação
Para fechar a programação do Abril Indígena, o MCI realizará o ciclo formativo em temáticas indígenas para educadores. As atividades, conduzidas pelos mestres de saberes, visam conscientizar e combater visões homogêneas dos povos originários nos ambientes escolares. Neste mês, o encontro acontecerá em 27 de abril, às 10h e às 15h.
SERVIÇO
MCI Acessível: visita com intérprete de Libras
Data e horário: 18/04/24, às 14h
Cineclube Tava: Lançamento de “Minha câmera é minha flecha” e “Os sonhos guiam”
Data e horário: 18/04/24, às 18h
Feira de Artesanato Indígena
Data e horário: a partir de 19/04/24, das 9h às 18h (às quintas, até às 20h)
Lançamento livro “Cânticos Tradicionais, Científicos e Culturais Huni Kuĩ”, de Maru Huni Kuĩ
Data e horário: 19/04/24, às 14h
Contação de Histórias MCI: Histórias do povo Terena, com Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo
Data e horário: 20/04/24, às 10h
Apresentações culturais de povos originários: Coral Opy Mirim e Toré Pankararu
Data e horário: 20/04/23, às 14h
Encontro com Educadores: temáticas indígenas na educação
Data e horários: 27/04/24, às 10h (educação infantil e ensino fundamental I) e às 15h (ensino fundamental II e ensino médio)
Todas as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Sobre o MCI
Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.
Museu das Culturas Indígenas
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3873-1541
Fonte: Assessoria de Imprensa do MIC
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