Festival Citronela Doc 2024 chega à sua quarta edição explorando direitos humanos, identidade cultural e desafios socioambientais

Evento gratuito acontece entre 7 e 10 de novembro em Ilhabela (SP) e online entre 7 e 15 de novembro na Spcine Play       * Exibições acontecem no Centro Histórico

Out 26, 2024 - 10:31
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Festival Citronela Doc 2024 chega à sua quarta edição explorando direitos humanos, identidade cultural e desafios socioambientais
Não existe almoço grátis - Marcos Nepomuceno

Citronela Doc – Festival de Documentários da Ilhabela chega à sua quarta edição entre os dias 7 a 10 de novembro de 2024 e traz documentários nacionais contemporâneos que vêm sendo destaque da crítica especializada e colecionando prêmios em mostras competitivas.

 

Boa parte dos filmes do festival será exibida online para todo o Brasil pela plataforma Spcine Play, de 7 a 15 de novembro.

 

A programação é toda gratuita e acontece no Centro Histórico de Ilhabela, com 28 filmes no total. Na mostra nacional são nove longas e oito curtas-metragens. E também será realizada uma mostra de filmes do Litoral Norte e Vale do Paraíba, com 11 produções.

 

Ilhabela fica no Litoral Norte de São Paulo, a 200 quilômetros da capital paulista, e é um dos principais destinos turísticos do Estado. Além de reunir algumas das praias mais bonitas do país e ser o município com maior percentual de Mata Atlântica preservada do Brasil (80% do território), o arquipélago dispõe também de um rico patrimônio cultural material e imaterial.

 

O Citronela Doc apresenta uma programação diversificada e impactante, com filmes que exploram questões como direitos humanos, identidade cultural e os desafios socioambientais enfrentados por comunidades em todo o Brasil. Com documentários que vão desde a rica cosmologia Yanomami até a luta de mulheres em cozinhas solidárias, o festival se destaca como um espaço de reflexão e celebração das vozes marginalizadas, promovendo um diálogo essencial sobre a realidade contemporânea.

 

Neste ano o Citronela Doc também firmou uma parceria com a Spcine (São Paulo Cinema e Audiovisual), iniciativa da Prefeitura de São Paulo que fomenta o desenvolvimento do setor audiovisual a partir da promoção de cursos, workshops e do incentivo à produção cinematográfica.

 

Além de exibir os filmes de forma online e gratuita, a Spcine promoverá, durante o festival, uma mesa de debates com Leandro Pardi, responsável por difusão na empresa, que vai falar sobre curadoria e a difusão de filmes fora da capital. Outra atividade apoiada pela instituição durante o festival será o estudo de caso do filme “Fluxo - o Filme”, de Filipe Barbosa, que faz parte da rede afirmativa da instituição. Filipe Barbosa, 28 anos, diretor do curta, falará sobre o processo de produção do filme, totalmente produzido na Cidade Tiradentes (São Paulo), bairro de origem do cineasta, que aborda a cultura funk. "Eu tinha um orçamento de mil reais e o sonho de fazer um filme", conta ele.

 

O Citronela Doc também promoverá debates com a participação de diretores e personagens dos filmes, além de uma rica programação paralela, com apresentações musicais, reforçando seu compromisso com a cultura local e a diversidade. O evento também trará estandes de alimentação e artesanato local.

 

O festival tem uma forte preocupação em oferecer acessibilidade aos visitantes. Todos os filmes terão legenda descritiva, parte dos filmes terá tradução em libras, todos os debates terão tradução em libras e o espaço será preparado para receber pessoas com mobilidade reduzida.

Para a mostra nacional, os filmes foram selecionados pelos curadores Luciana Oliveira, Bethania Maria, Francisco Cesar Filho e Carlos Alberto Mattos (veja biografias abaixo). 

 

As produções selecionadas são filmes de destaque no mercado audiovisual, que estão passando por diversos festivais nacionais e internacionais.

 

“A Queda do Céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, foi produzido a partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa e registrado no livro de mesmo nome, co-escrito por Bruce Albert. O filme acompanha o importante ritual Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para “segurar” o céu. Selecionado para o consagrado Festival de Cannes, o documentário faz uma contundente crítica xamânica àqueles chamados por Davi de "povo da mercadoria", assim como ao garimpo ilegal e à mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros, colocando em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, os espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe. O filme conquistou agora em outubro o Troféu Redentor de Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio.

 

“Não Existe Almoço Grátis” acompanha três mulheres que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sol Nascente, no DF, considerada atualmente a maior favela do Brasil. Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas foram encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que estiveram em Brasília para assistir à cerimônia. Com direção de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, o longa venceu o prêmio do público no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

 

Outro destaque é “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, que foi vencedor do prêmio de melhor filme da Competição Envision no mais importante festival internacional de documentários, o IDFA-Amsterdã, além de ter sido eleito como o melhor filme (Grand Prix Nanook-Jean Rouch) no Festival Jean Rouch, na França. O documentário se passa em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, onde um filme está sendo feito para contar a história de um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e, depois, morreu tragicamente.

 

Em “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, os cineastas Bel Bechara e Sandro Serpa usam seu veículo de trabalho para registrar um processo que mudará totalmente suas vidas: a adoção de Gael, o primeiro filho do casal. Após aguardar cinco anos na fila de adoção, finalmente chegou o momento de conhecer a criança, que coincidiu com a pandemia da Covid-19. Assim, os dois se abrem com muita vulnerabilidade para a câmera em um tom confessional, com o medo da mudança e a ansiedade cultivada para a chegada de Gael.

 

Assinado pela dupla GG Albuquerque e Felipe Larozza, “Terror Mandelão” mergulha no universo dos bailes funks da periferia da cidade de São Paulo, revelando o som, a tecnologia e o mercado de trabalho dessa manifestação cultural. A obra traz figuras como o DJ K, um dos principais DJs do Baile do Helipa, na maior favela paulistana, Heliópolis, e seu amigo MC Zero K, mostrando os altos e baixos enfrentados pelos jovens na luta para viver da sua música.

 

Em “Toda Noite Estarei Lá”, Mel Rosário, 56 anos, sofre uma agressão física por transfobia, ao ser retirada da igreja evangélica que costumava frequentar. Ela protesta todas as noites em frente ao templo que a impede de participar dos cultos. Enquanto luta por seus direitos, ela encontra um modo de se reinventar e sobreviver durante a crescente onda de conservadorismo no Brasil. O longa, dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, foi vencedor do prêmio de melhor direção no festival Olhar de Cinema, de Curitiba, e do prêmio do público no Festival de Vitória.

 

A ocupação Ouvidor 63, localizada no centro da capital paulista, é retratada no longa “Ouvidor”, de Matias Borgström. Nela residem e produzem 120 artistas latino-americanos. Além de enfrentar constantes ameaças de despejo pelo Governo do Estado, os residentes também lidam com divergências internas decorrentes do patrocínio de uma famosa marca internacional de bebidas energéticas para viabilizar sua Bienal de Artes. O filme foi selecionado para o festival Olhar de Cinema, de Curitiba, para a Mostra Ecofalante de Cinema e para a 47º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2023.

 

Documentário que mostra a trajetória do importante e criativo músico brasileiro, “Luiz Melodia – No Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan, reúne raras imagens de arquivo e é narrado em primeira pessoa pelo próprio artista, falecido em 2017. Grande vencedor do festival In-Edit Brasil, o filme recupera a trajetória de um dos maiores e mais injustiçados cantores e compositores da música popular brasileira, da infância de menino negro no morro aos palcos.

 

Uma coprodução entre o Brasil e os Estados Unidos, “Rejeito”, de Pedro de Filippis, alerta para o fato de que, após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. No filme, uma conselheira ambiental confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas. Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA - Festival de Cinema Ambiental, o longa conquistou o prêmio da juventude no CineEco, em Portugal, e mereceu menção especial do júri no Festival Indie Memphis, nos Estados Unidos.

 

Entre os curtas-metragens destaca-se “Utopia Muda”, premiado no festival É Tudo Verdade de 2024, que utiliza material colhido pelo diretor Julio Matos durante uma década sobre uma rádio livre sediada na Unicamp, em Campinas. A partir da história da Rádio Muda, a mais longeva rádio livre que desafiou o sistema, o filme discute o direito à liberdade de expressão.

 

Surpreende também a abordagem de “Pirenopolynda”, de Izzi Vitório, Tita Maravilha e Bruno Victor para uma festa tradicional no Centro-Oeste brasileiro. O filme foi vencedor do prêmio de melhor filme da Mostra Goiás na Goiânia Mostra Curtas e foi selecionado para o Doclisboa, um dos mais importantes festivais europeus de documentários. No filme, Tita, uma multiartista travesti, pretende reconstruir e retradicionalizar a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis sob um viés afetivo decolonial.

 

Dirigido por Cíntia Lima, o curta pernambucano “Rei da Ciranda Pesada” trata da história de João Limoeiro, discípulo do cirandeiro Antônio Baracho, conhecido como o Rei Sem Coroa, que em 50 anos de carreira transformou a ciranda de engenho no ritmo que se conhece hoje em dia. 

 

Também produção pernambucana, “O Som da Pele”, de Marcos Santos, focaliza Mestre Batman e seu projeto Batuqueiros do Silêncio, um grupo de percussão formado por surdos. Trata-se de um curta-metragem que reflete sobre a percepção do som.

 

Por sua vez o curta alagoano “Impedimento”, de Renata Baracho, apresenta mulheres como Charlene Araújo e Amanda Balbino, que descobriram e aprenderam a amar o futebol em sua própria força, encontrando nele não apenas uma paixão, mas também um sentimento de pertencimento.

 

Em “Alexandrina - Um Relâmpago”, a personagem título é uma mulher preta da Amazônia, que antes fora reduzida a objeto de estudo, esvaziada do seu vasto repertório de conhecimento e logo jogada ao limbo do suposto esquecimento, e que agora é o presente. Uma espécie de filme-transe que remete a ancestralidades femininas amazônicas em andamento não-convencional e pegada sensorial. Produção do estado do Amazonas, a obra dirigida por Keila Sankofa foi selecionada para o Ji.hlava - Festival de Documentários de Jihlava (República Tcheca).

 

Uma produção do Distrito Federal, “A Chuva do Caju” se passa no coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central. Lá, seu Alvino e dona Neuza plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa. Com direção de Allan Schvarberg, o curta-metragem foi vencedor de menção honrosa do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

 

Com reflexões sobre arquitetura afro-brasileira, preservação da tradição do candomblé e resistência, o curta-metragem “O Corpo da Terra”, da cineasta Day Rodrigues, esteve em exibição na 18ª Mostra Internazionale di Architettura: Laboratório do Futuro, no pavilhão brasileiro da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza. A obra traz contribuições sobre a importância do candomblé para os debates públicos frente aos cuidados com o meio ambiente e a luta contra a especulação imobiliária. 

 

Para a mostra do Litoral Norte e Vale do Paraíba, pela primeira vez o festival abriu a oportunidade para cineastas da região inscreverem-se. A curadoria dessa mostra é de Juliana Borges e Rodrigo Pereira (veja biografias dos curadores e sinopses dos filmes abaixo). a mostra regional se destaca por suas temáticas que vão desde a memória e a identidade cultural até imigração e a resiliência diante de tragédias socioambientais.

 

Além dos filmes, o festival Citronela Doc traz uma programação paralela com apresentações musicais (veja programação completa abaixo).

 

O festival Citronela Doc nasceu em 2021 e já se firmou como referência em cinema documental na agenda cultural anual da cidade de Ilhabela. O evento é marcado pela diversidade na produção cultural, reunindo filmes realizados em diversos estados do Brasil, por pessoas de diferentes gêneros e etnias, incluindo realizadores indígenas. 

 

O festival tem produção de Ver Para Crer, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo; realização da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal; apoio de Esporte Clube Ilhabela, DL Projeções, Salga Filmes, DBM Produções e Prefeitura Municipal de Ilhabela.

 

SERVIÇO:

4º Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela

7 a 10 de novembro de 2024

Entrada gratuita

 

Local:

Esporte Clube Ilhabela: Av. Força Expedicionária Brasileira, 73 - Santa Teresa

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

 

Dia 7

Quinta-feira

 

14h30 

Estudo de caso: Fluxo

Com o diretor Filipe Barbosa, em parceria com Spcine 

Classificação indicativa: 12 anos

 

16h

Não existe Almoço Grátis - 74'

Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

 

17h30 

Debate 

Litoral Norte e Vale: Rede de Realizadores e Formação de Público

Libras

 

19h

Mostra Litoral Norte e Vale do Paraíba

Classificação livre

 

Minha Narrativa - 14'

Natalia Regina e Débora Carvalho, Ubatuba

 

Macoura - 16'

Gilda Brasileiro e Rodrigo Pereira, Caraguatatuba

Libras

 

O Menino É Homem - 9'

Maquir Alves, Ubatuba

 

Homem Aranha (Retratos Filmados) - 12'

Luis Henrique Mioto, Ilhabela

Libras

 

Benzô - 15'

Leticia Andra, São Sebastião

Libras

 

Marta Consertadora de Guarda-Chuva - 11'

Dannyel Leite, Santa Branca e Jacareí

Libras

 

20h20

DJ Norma Nascimento

 

20h40

Mostra Litoral Norte e Vale do Paraíba

Marés da Noite - 7'

Juliana Sada e Noemi Martinelle, São Sebastião

Libras

 

Jundu - Memórias do Território - 7' 

Paulo Alberton, São Sebastião

Libras

 

O Brilho da Herança - 15'

Deco Machado e Ramon Soares, Ubatuba

 

Eva Esperança - 25'

Rosa Sebastião de Souza e Luis Henrique Mioto, Ilhabela

Libras

 

O Último Baile - 26'

Juliana Borges, Ilhabela

 

Dia 8

Sexta-feira 

 

14h30 

Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida - 96'

Bel Bechara e Sandro Serpa

Libras

 

16h20

Debate 

Diretores como Personagens: Desafios nessa Interseção Criativa

Libras

 

18h

Sessão de abertura

A Transformação de Canuto - 130' 

Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

Classificação: 12 anos

Libras

 

20h10

Cerimônia e coquetel de abertura

Fidura Cardial e Anna Pires + Videoclipe Caiçara Futurista

 

21h10 

Terror Mandelão - 74' 

GG Albuquerque e Felipe Larozza

Classificação indicativa: 16 anos

 

22h40

Música

DJ Kewst

 

Dia 9

Sábado

 

14h30 

Curtas Mostra Nacional 

 

Utopia Muda - 19'

Julio Matos

 

Pirenopolynda - 24'

Tita Maravilha, Izzi Vitório, Bruno Victor

Classificação: 16 anos

 

Rei da Ciranda Pesada - 12'

Cíntia Lima

 

O Som da Pele - 22'

Marcos Santos

 

16h15

Toda Noite Estarei Lá - 72'

Suellen Vasconcelos e Tati Franklin

Libras

 

17h-19h

Antonieta Kombiblioteca 

Atividade infantil

 

17h40

Debate 

Territórios e Direitos: Narrativas de Reivindicação

Libras

 

19h15

Ouvidor - 74'

Matias Borgström

Classificação: 12 anos

 

20h30 

Música 

Batuqueiros do silêncio

 

21h

Luiz Melodia – No Coração do Brasil - 85'

Alessandra Dorgan

Libras

 

22h40 

Música

Baile Charme na Subida do Morro + Videoclipe Diversoficando (Caixa Allta)

 

 

Dia 10

Domingo 

 

14h30 

Curtas Mostra Nacional

 

Impedimento - 22'

Renata Baracho

Libras

 

Alexandrina - Um Relâmpago - 11'

Keila Sankofa

Libras

 

A Chuva do Caju - 20'

Alan Schvarsberg

 

O Corpo da Terra - 12'

Day Rodrigues

 

16h10

Debate 

O Cinema e a Crise Ambiental: Existe um Futuro Possível?

Libras

 

17h45 

Rejeito - 75'

Pedro de Filippis

Libras

 

17h-19h

Atividade infantil

Antonieta Kombiblioteca (atividade infantil)

Teatro

O Menor Teatro do Mundo

 

19h15

Cerimônia de encerramento

Música

Turma do Morro - Grupo de Cultura Popular do Pés no Chão

 

20h 

Sessão de encerramento

A Queda do Céu - 110'

Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha

 

Serviços:

 

Todos os dias, das 18h à meia noite 

  • Café Eté - café e snacks 
  • Dita Birita - drinks 

 

Todos os dias, das 18h às 22h

  • Livraria Canoa - livros
  • Espaço das Pretas - afroempreendedorismo e moda 
  • Armazém Paneiro - produtos locais e economia circular

 

CURADORES

 

Luciana Oliveira é de Aracaju. Graduada em Audiovisual, Mestra em Cinema e Narrativas Sociais e doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe. É diretora geral da EGBE - Mostra de Cinema Negro. Faz parte da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro e integra o Fórum Permanente Audiovisual Sergipe. É curadora da Mostra Nacional do Circuito de Cinema de Penedo, foi curadora e júri em festivais como o Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil, Festival Sergipe de Audiovisual e Mostra Competitiva de Cinema Adélia Sampaio.

 

Bethania Maia é de Brasília. Produtora, curadora, programadora e júri de mostras e festivais desde 2011. Produtora executiva em projetos audiovisuais desde 2018, realizou clipes, curtas, longas, seminários e publicações. É coidealizadora do Rastro - Festival de Cinema Documentário e produtora da mostra Kilombinho - Audiovisual Negro com Crianças, Crias e Comunidades. É participante do programa Getting Real '24 da International Documentary Association e fundadora da Vaporosa Cultural, produtora com foco em narrativas afro-diaspóricas latino americanas.

 

Francisco Cesar Filho é de São Paulo. Atua desde 1983 como curador e organizador de importantes festivais e mostras. É curador da Mostra Ecofalante de Cinema e do DH Fest - Festival de Cultura em Direitos Humanos. Foi diretor e curador da Festival de Cinema Latino-Americano de SP, diretor-adjunto do Festival É Tudo Verdade, diretor associado do Curta Kinoforum e curador da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, além de programador do Itaú Cultural, Museu da Imagem e do Som-SP, Centro Cultural São Paulo e do Instituto CPFL.

 

Carlos Alberto Mattos  é do Rio de Janeiro. Crítico e pesquisador desde 1978, já escreveu para O Globo, JB e Estadão, entre outros. Coordenou o cinema do CCBB-Rio entre 1989 e 1997. Criou o pioneiro DocBlog/O Globo, hoje extinto. Ex-editor das revistas Cinemais e Filme Cultura, é autor de oito livros sobre cineastas brasileiros e da coletânea Cinema de Fato – Anotações sobre Documentário. Escreveu o capítulo sobre Documentário Contemporâneo para o livro Nova História do Cinema Brasileiro. Escreve em carmattos.com.

 

Juliana Borges é da Ilhabela. É documentarista e roteirista graduada em Jornalismo pela USP, mora em Ilhabela (SP), onde é uma das fundadoras do festival Citronela Doc. Assina o roteiro de produções como as séries “Ciência, Substantivo Feminino” (GNT, 2024) e “The Beat Diaspora” (Youtube Originals, 2022) e o longa-metragem “Ouvidor” (Estreia na Mostra Internacional de SP, 2023). Dirigiu a série “Libertárixs” (TV Cultura, 2022) e o curta-metragem “O Último Baile” (2023).

 

Rodrigo Pereira  é de Caraguatatuba. É produtor cultural há 20 anos, é formado em gestão cultural e em produção audiovisual pelo Instituto de Cinema de São Paulo. É produtor cultural de festivais no Litoral Norte, entre eles: “Festival Felino Preta” e “Festival Felino de Artes”, idealizador e diretor de produção do Caraguatá Panorama de Cinema Indígena. Fundador do Cineclube Sambaqui, curador dos projetos "Cinema para Todes", Sala de Cinema Hartãt e curador da sala de Cinema do ponto de Cultura Circo Navegador, todos no Litoral Norte.

 

 

 

 

 

SINOPSES

E DADOS SOBRE OS FILMES

 

 

 

LONGAS

 

 

A Queda do Céu

 

 

 

Diretores:

 

Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha

 

 

Local:

 

Brasil-RJ-SP, Itália/França

 

 

Ano: 2024

Longa-metragem centrado na festa Reahu, ritual funerário e a mais importante cerimônia dos povos indígenas Yanomami, que reúne centenas de parentes dos falecidos com a finalidade de apagar todos os rastros daquele que se foi e assim colocá-lo em esquecimento. Baseado no livro “A Queda do Céu: Palavra de um Xamã Yanomami”, organizado pelo antropólogo francês Bruce Albert a partir das falas gravadas do xamã yanomami Davi Kopenawa, o filme apresenta a cosmologia do povo Yanomami, o mundo dos espíritos xapiri, o trabalho dos xamãs para segurar o céu e curar o mundo das doenças produzidas pelos não-indígenas, como o garimpo ilegal, o cerco promovido pelo povo da mercadoria e a vingança da Terra.

 

Exibido no Festival de Cannes, vencedor do Troféu Redentor de Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio 2024 e selecionado para a Mostra Internacional em São Paulo.

 

Duração: 108 min

 

A Transformação de Canuto

Diretores: Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

Local: SP/PE/RS

Ano: 2023

Em uma pequena comunidade Mbyá-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que, muitos anos atrás, sofreu a temida transformação em onça e, depois, morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história. Por que isso aconteceu com ele? Mas, mais importante, quem na aldeia deveria interpretar o seu papel? 

Vencedor do prêmio de melhor filme da Competição Envision no IDFA-Amstardã; melhor filme (Grand Prix Nanook-Jean Rouch) no Festival Jean Rouch; melhor direção, melhor fotografia e melhor roteiro de temática afirmativa no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema.

Duração: 130 min

Classificação: 12 anos

 

Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida

Diretores: Bel Bechara e Sandro Serpa

Local: SP

Ano: 2024

Em 2021, no meio da pandemia e de um governo de extrema direita, os cineastas Bel Bechara e Sandro Serpa recebem a notícia que vai mudar as suas vidas: há um bebê de quatro meses para adotarem.

Exibido no É Tudo Verdade.

Duração: 96 min

 

Luiz Melodia – No Coração do Brasil

Diretora: Alessandra Dorgan

Local: SP

Ano: 2024

Com imagens de arquivo raras e narrado em primeira pessoa pelo próprio Luiz Melodia, o filme retraça a trajetória de um dos maiores e mais injustiçados cantores e compositores da música brasileira, da infância no morro aos palcos.

Vencedor do prêmio de melhor filme no In-Edit Brasil; prêmio do público para filme sul-americano no Bonito CineSur; melhor documentário no Festival de Paraty; exibido no É Tudo Verdade.

Duração: 85 min

 

Não Existe Almoço Grátis

Diretores: Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel

Local: DF

Ano: 2023

Em Sol Nascente, considerada atualmente como a maior favela do Brasil, Socorro, Jurailde e Bizza lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, elas estão encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que chegarão a Brasília para assistir à cerimônia. Em meio a ameaças de golpe, o filme acompanha esta saga e traz entrevistas íntimas sobre suas vidas e a organização coletiva, revelando que o futuro se cozinha a muitas mãos.

Vencedor do prêmio do público e menção honrosa do júri da Mostra Brasília no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; prêmio do público na Mostra Ecofalante de Cinema.

Duração: 74 min

 

Ouvidor

Diretor: Matias Borgström

Local: SP

Ano: 2023

No centro de São Paulo, 120 artistas latino-americanos residem e produzem na Ouvidor 63, a maior ocupação artística da América Latina. Enfrentando constantes ameaças de despejo pelo Governo do Estado, os residentes também lidam com divergências internas decorrentes do patrocínio da Red Bull para viabilizar sua Bienal de Artes.

Exibido no festival Olhar de Cinema e na Mostra Ecofalante de Cinema.

Duração: 74 min

Classificação: 12 anos

 

Rejeito

Diretor: Pedro de Filippis

Local: Brasil-SP/EUA

Ano: 2023

Após os maiores rompimentos de barragens de rejeito da história, novas barragens ameaçam romper sobre milhões de pessoas em Minas Gerais. Uma conselheira ambiental do Estado confronta o modus operandi do governo e mineradoras, enquanto moradores resistem em suas comunidades ameaçadas.

Vencedor do prêmio de melhor direção no FICA - Festival de Cinema Ambiental; prêmio da juventude no CineEco (Portugal); menção especial do júri no Festival Indie Memphis (EUA); exibido no IDFA-Amsterdã, Cinéma du Réel, Hot Docs, Festival de Camden (EUA), Panorámica – Festival Latino-Americano de Estocolmo, Cinéma Sous les Étoiles (Canadá), Festival Brésil en Mouvements (França), Festival Terra di Tutti (Itália), Festival Science New Wave, Festival Destinazione Sud (Itália), Festival do Rio, CineBH - Mostra de Belo Horizonte e Forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico.

Duração: 75 min

 

Terror Mandelão

Diretores: GG Albuquerque e Felipe Larozza

Local: SP

Ano: 2024

O som, a tecnologia e o mercado de trabalho dos bailes funk das quebradas de São Paulo. Acompanha a caminhada do DJ K, um dos principais DJs do Baile do Helipa, na maior favela da cidade, e seu amigo MC Zero K, que emplacou o seu primeiro hit da vida após dez anos insistindo na carreira. Mostra os altos e baixos enfrentados pelos jovens na luta para viver da sua música.

Exibido no In-Edit Brasil.

Duração: 74 min

Classificação: 16 anos

 

Toda Noite Estarei Lá

Diretores: Suellen Vasconcelos e Tati Franklin

Local: ES

Ano: 2023

Impedida de frequentar o culto de sua preferência, Mel não desiste de professar a sua fé. Toda noite ela prepara cartazes e os leva para a porta da igreja, à espera do dia que poderá voltar a entrar. Ao longo de anos marcados pela ascensão de um governo ultraconservador e pelas dificuldades trazidas por uma inesperada pandemia, o documentário acompanha a luta da cabeleireira transexual por fazer valer o seu direito constitucional à liberdade religiosa.

Vencedor do prêmio de melhor direção no Olhar de Cinema; prêmio do público no Festival de Vitória.

Duração: 72 min

Classificação: 12 anos

 

CURTAS-METRAGEM – NACIONAL

A Chuva do Caju

Diretor: Alan Schvarsberg

Local: DF

Ano: 2024

No coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central, Seu Alvino e Dona Neuza plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa.

Vencedor de menção honrosa do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; exibido na Mostra Ecofalante de Cinema.

Duração: 21 min

 

Alexandrina – Um relâmpago

Diretora: Keila Sankofa

Local: AM

Ano: 2022

Alexandrina, mulher preta da Amazônia, que antes fora reduzida a objeto de estudo, esvaziada do seu vasto repertório de conhecimento e logo jogada ao limbo do suposto esquecimento, agora é o presente! O filme faz do cinema de invenção um campo fértil de contestação, que ousa rasgar os registros do perverso e mentiroso passado.

Exibido na Ji.hlava - Festival de Documentários de Jihlava (República Tcheca), Goiânia Mostra Curtas, Cine PE, Curta Cinema e no Cine Ceará.

Duração: 11 min

 

Impedimento

Diretora: Renata Baracho

Local: AL

Ano: 2023

Na terra da Rainha Marta, no Estádio Rei Pelé, mulheres amam o futebol.

Duração: 23 min

 

Pirenopolynda

Diretores: Izzi Vitório, Tita Maravilha e Bruno Victor

Local: DF/GO

Ano: 2023 

A Festa do Divino Espiríto Santo de Pirenópolis, em Goiás, acontece há mais de 200 anos. Esse ano Tita Maravilha vai brincar também.

Vencedor do prêmio de melhor filme da Mostra Goiás na Goiânia Mostra Curtas; exibido no FestCurtas BH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, Doclisboa, For Rainbow - Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero (Ceará), Mostra de Tiradentes e no PirenópolisDoc – Festival de Cinema Documentário (GO).

Duração: 24 min

Classificação: 16 anos

 

O Corpo da Terra

Diretora: Day Rodrigues

Local: SP/BA

Ano: 2023 

A preservação da terra e o pensamento da arquitetura afro-brasileira na origem e identidade do país, narrados no Terreiro Casa Branca (Salvador, Bahia), por um encontro atemporal que se abre através de texturas, vozes e memórias e nos guiam por uma arqueologia da ancestralidade. Através das experiências do solo sagrado e do candomblé, em direção a lugares de referência para a preservação do meio ambiente, simbologias, rastros e historiografias, em uma trilha de cosmovisões que se revela quando pedimos Agô.

Duração: 12 min

 

O Som da Pele

Diretor: Marcos Santos

Local: PE

Ano: 2023

Irton Mário da Silva, mais conhecido como Mestre Batman, fala de seu projeto Batuqueiros do Silêncio, um grupo de percussão formado por surdos. 

Exibido no In-Edit Brasil.

Duração: 25 minutos

 

Rei da Ciranda Pesada

Diretora: Cíntia Lima

Local: PE

Ano: 2023

Discípulo de Baracho, o Rei sem Coroa, ao longo de mais de 50 anos de carreira e campeão de diversos festivais, João Limoeiro transformou a Ciranda de Engenho no ritmo que conhecemos hoje. Cirandeiro referência da Mata Norte de Pernambuco, pelo povo se consagra Rei Coroado.

Exibido na Mostra de Tiradentes.

Duração: 12 min

 

Utopia Muda

Diretor: Julio Matos

Local: SP

Ano: 2023

A democratização dos meios de comunicação a partir da história da Rádio Muda, a mais longeva rádio livre que desafiou o sistema para defender a liberdade de expressão.

Vencedor do prêmio EDT de montagem no É Tudo Verdade; exibido no Movies that Matter e no Go Shorts (ambos na Holanda), Festival de Curtas de Busan (Coreia do Sul) e no Cine PE | Festival Audiovisual e no Festival Guarnicê.

Duração: 20 min

 

 

CURTAS DO LITORAL NORTE E VALE DO PARAÍBA

 

Benzô

Diretora: Letícia Andra

Cidade: São Sebastião

Ano: 2024

Filme infanto-juvenil que explora a magia do benzimento e suas raízes culturais, a obra nos leva à praia, onde duas crianças descobrem os segredos da benzedura. Dona Florinda utiliza plantas e rezas como formas de purificação, enquanto o pajé guarani Sérgio se conecta com seus ancestrais por meio dos sonhos, guiando suas orações e ações. O filme revela que, antes da medicina moderna, o ato de benzer era uma prática de cura profundamente enraizada em nossa cultura. Com uma abordagem que mistura documentário e realismo fantástico, o curta convida o espectador a refletir sobre esse capítulo muitas vezes esquecido da história, proporcionando uma experiência única e cativante.

Duração: 15´

 

Eva Esperança

Diretores: Rosa Sebastião de Souza e Luis Henrique Mioto

Cidade: Ilhabela

Ano: 2024

O filme conta a história de Eva Esperança da Silva, mulher de profunda importância para a memória e cultura de Ilhabela e a região do Litoral Norte. Sua vida apresenta diversas facetas que simbolizam e sintetizam a construção da cidade, a cultura e os saberes populares e a história do negro na Ilhabela. A história de Eva Esperança é abordada pela sua importância como parteira e benzedeira, pela questão da escravidão negra presente na sua base familiar e pela sua tradição na festa da Congada e em outras festas populares. Além de imagens de arquivo, o filme traz depoimentos de parentes e amigos e relatos de algumas pessoas que se inspiram em seu importante legado.

Duração: 25´

 

Homem Aranha (Retratos Filmados)

Diretores: Luis Henrique Mioto

Cidade: Ilhabela

Ano: 2024

Este é um dos episódios de uma série de quatro partes que traz a memória de alguns moradores de Ilhabela. O filme traz um olhar poético para a simplicidade do cotidiano e propõe outra maneira de sentirmos a memória, criarmos a história e encontrarmos personagens como o Homem-Aranha vendendo seus algodões-doces.

Duração: 12´

 

Jundu - Memórias do Território

Diretor: Paulo Alberton

Cidade: São Sebastião

Ano: 2024

O filme é um exercício lúdico e poético, na forma de uma série de animação documental, que resgata e ilustra memórias. "Maria Lídia e Rosinha", o primeiro episódio, é uma animação criada a partir da conversa entre duas senhoras caiçaras de Toque-Toque Grande, em São Sebastião. Elas se lembram da vida caiçara de antigamente e contam como, quando crianças, se escondiam atrás do Jundu enquanto aguardavam o barco que vinha de Santos com itens à venda. Jundu é uma vegetação em extinção, assim como as pequenas memórias afetivas destas caiçaras.

Duração:

 

Macoura

Diretores: Gilda Brasileiro e Rodrigo Pereira

Cidade: Caraguatatuba

Ano: 2024

O filme traz um retrato sensível da vida de um imigrante senegalês em Caraguatatuba, destacando seu cotidiano marcado pela busca por trabalho, a construção de amizades e o peso da saudade de sua terra natal. A narrativa explora a dualidade do mar, que representa tanto a separação quanto a conexão entre sua história e memória. Com foco na temática da imigração, a obra aborda o protagonismo de uma pessoa negra e a falta de políticas públicas voltadas para a população imigrante.

Duração: 16´

 

Marés da Noite

Diretoras: Juliana Sada e Noemi Martinelle

Cidade: São Sebastião

Ano: 2024

A animação nos leva a um mergulho no universo dos sonhos de pessoas que vivenciaram a tragédia das enchentes e deslizamentos de terra de fevereiro de 2023 em São Sebastião (SP). O filme nos conduz por uma noite de sonhos de Juçara, uma jovem mulher grávida que viveu a tragédia socioambiental de São Sebastião e lida com as feridas abertas, ao mesmo tempo em que carrega a esperança. “Marés da Noite” é o filme de estreia das diretoras.

Duração:

 

Marta Consertadora de Guarda-Chuva

Diretor: Dannyel Leite

Cidades: Santa Branca / Jacareí

Ano: 2023

Enquanto novas profissões surgem a cada dia, outras vão, pouco a pouco, desaparecendo. Mas, no que depender de Dona Marta, o ofício de consertar guarda-chuva continuará existindo. O filme visa preservar a memória de trabalhos que estão caindo em desuso, fazendo um registro e propondo a discussão da importância dos ofícios manuais quase esquecidos para a história das cidades e seus moradores.

Duração: 11´

 

Minha Narrativa

Diretoras: Natalia Regina e Debora Carvalho

Cidade: Ubatuba

Ano: 2024

Natalia é uma mulher negra e periférica que transforma sua vida ao descobrir o surfe em Ubatuba. Sentindo a falta de mulheres como ela dividindo o mesmo esporte, ela se propõe a romper barreiras e mostrar que o oceano também é um espaço para pessoas como ela. Em “Minha Narrativa”, acompanhamos sua jornada inspiradora, na qual o surfe se torna não apenas uma paixão, mas uma ferramenta de representatividade e empoderamento. Por meio de sua experiência, Natalia incentiva outras pessoas a compartilharem suas próprias narrativas. “Minha Narrativa” é uma celebração da força feminina e da importância de se fazer ouvir. Segundo as diretoras, elas querem provar com o filme que é possível sonhar alto e realizar esse sonho.

Duração: 14´

 

O Menino é Homem

Diretores: Maquir Alves

Cidade: Ubatuba

Ano: 2023

Um jovem de 18 anos enfrenta um momento decisivo que transformará sua vida. Ao superar o medo da rejeição, ele se liberta do peso da omissão. Como o segundo homem da família, ele se coloca em primeiro lugar e revela sua verdade: sua forma de amar é colorida como o arco-íris. Este ato de coragem não apenas desafia expectativas, mas também abre caminho para a aceitação e a autenticidade em sua vida.

Duração:

 

O Brilho da Herança

Diretores: Deco Machado e Ramon Soares

Cidade: Ubatuba

Ano: 2023

O filme traz, de forma poética, uma perspectiva pessoal de como é nascer e crescer em um quilombo e como essa vivência gera um impacto no olhar artístico do artista visual Deco Machado. O cineasta, nascido e criado no Quilombo da Caçandoca, em Ubatuba, explora como as características singulares de sua comunidade impactaram positivamente sua visão de mundo e seu processo criativo, destacando a profunda conexão entre suas raízes ancestrais e sua expressão artística.

Duração: 15´

 

O Último Baile

Diretora: Juliana Borges

Cidade: Ilhabela

Ano: 2023

Em uma ilha turística no litoral de São Paulo, a Congada de São Benedito, manifestação cultural e religiosa de origem africana com mais de 200 anos de história, resiste ao progresso e mantém-se viva em uma comunidade de antigos pescadores caiçaras. Até que Dino, o Rei da Congada, decide transmitir a coroa ao seu sucessor, em pleno vigor de seu reinado.

Ano: 2023

Duração: 26´

Fonte e Fotos: Assessoria de Imprensa

 

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